quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Palavra Errada - Isabela Taviane
( se eu pudesse me descrever nesse momento, seria assim... deixo pra ela.)

Andei vendo as coisas de outro modo
Preciso mais de mim que de você
Andei lendo a vida de outra maneira
Preciso menos dar e mais receber
Preciso ao menos compreender
Que eu não fui a razão do seu desesperado
Não fui eu que disse adeus primeiro
Nas manhãs de frio eu esquecia
De aquecer meus próprios pés
Se teu prato era vazio eu preenchia
De sonhos tantos canapés
Fazia uma canção de amor
Cantava até você sorrir do nada
Não fui eu que disse a palavra errada
Agora você diz que me entendeu
Que já não pensa mal assim de mim
Agora quem não quer de novo sou eu,
Sou eu, sou eu
Que sejas bem feliz como eu te fiz
Carreguei seus pesos nos seus tropeços
Em nome do seu bem estar
Fui feliz confesso e quanto ao resto
Eu não mereço a coisa como está
O que eu mereço é amar
Alguém que valorize minhas atitudes
Alguém que sobretudo não me acuse
Agora você diz que me entendeu
Que já não pensa mal assim de mim
Agora quem não quer de novo sou eu,
Sou eu, sou eu
Que sejas bem feliz como eu te fiz


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Perdi meu amor, no paraíso...

Pois é meu Brasil baronil, a saga de reencontrar o "L" não está nada fácil.
Dia desses, depois de sair do cabelereiro, me deu um estalo: "você precisa encontrar o "L"."
Me enchi de coragem e fui até a porta do apartamento dele.
Mas e a coragem de tocar a campainha, encarar o porteiro e dizer, preciso ver o "L".
O coração estremecia dentro do peito, as pernas tremiam, o corpo temia.
Me amedrontei de uma maneira que nunca imaginei ser possível, refiz o caminho que fizemos juntos até a porta, mas não tive condições de procurar por ele.
Fui embora... mas com uma certeza, apenas uma, eu teria de voltar ali, não importava o que acontecesse.
Duas semanas depois, mais calmo e mais confiante decidi.
Eu iria até a casa dele, e ia dizer tudo que eu pensei durante essas semanas sem coragem.
Me arrumei, cabelos, perfumes tudo como se vestisse uma armadura incapaz de ser quebrada, ser penetrada por nada que acontecesse.
Tomei o caminho da casa dele, e como que por visão do futuro, uma vozinha me disse: E se você encontrar com ele no meio do caminho, o que vai fazer? O que vai dizer? Como vai reagir?
E parece que foi realmente um aviso, ao invés de uma visão.
Ao chega na esquina da casa dele,  no mesmo passo, no mesmo caminho lá estava ele, com seus lindos olhos azuis, sua barba cerrada que deixava seu rosto ainda mais quadrado... como bom homem que é, trajava roupas de domingo, regata preta e uma bermuda, aquela, a mais confortável.
Meu peito sentiu um ar gelado percorrer por ele...
O "L" estava acompanhado por um cara, sorriam e conversavam.
Nesse momento a natureza conspirou, com uma arvore, uma única arvore, salvou minha vida.
Quando cruzamos nossos olhares, entre nós estava uma arvore!
Isso mesmo caro leitor, uma arvore impediu que ele me visse, e que eu pudesse olhar nos olhos dele de novo.
Eu segui meu caminho e ele também, cada um pra um lado. Meros desconhecidos numa rua escura.
Tentei segui-lo na intenção de ver se o cara era namorado, amigo, mas eles não esboçaram nenhuma reação de casal, exceto de estarem juntos num domingo tranquilo, fazendo compras no supermercado.
Sim, eu voltei para ver o que eles iriam fazer.
Parece que eu segui o cara, que o espionei... na verdade eu precisava da certeza de que meu amor, ainda era meu...
Não tive coragem de para-los... mas desde então, a única coisa que passa pela minha cabeça é a seguinte frase: Quem muito se ausenta, uma hora deixa de fazer falta.
Eu ja estou a três semanas sem vê-lo... medo de deixar de fazer falta, se é que um dia eu fiz.
Mas como amanhã é um novo dia... eu vou ter que tomar uma ultima atitude.
Se amanhã, o meu texto não disser, reencontrei meu amor, com certeza o texto vai dizer:
Mudei meu caminho, te amei por apenas um dia, mas esse único dia foi a vida inteira! Aquela vida... e se eu tiver que procurar outra... eu vou!